quarta-feira, 11 de julho de 2012

SOMOS REFLEXOS DE DEUS!


Ao iniciarmos este artigo, gostaria de convidar o amigo (a) leitor (a), a juntos recordarmos a nossa origem, isto é: quem é. A bíblia nos da uma definição através da narrativa da criação do universo. Logo no 1º capitulo do livro do Gênese, versículo 26 encontra a nossa real definição: “Deus fez o homem a sua imagem e semelhança”.
Pois bem, uma vez sabendo que somos imagem e semelhança de Deus, sendo Deus definido em uma palavra: AMOR (I João 4,8), só podemos chegar a uma conclusão a quem somos e o porquê estamos no mundo. “Somos reflexo de Deus, estamos no mundo para sermos expressão do seu amor”. Alias, “a continuidade da bondade e do amor de Deus no mundo depende dos gestos humanos”. Sabe o que significa isso? “Deus escolheu a humanidade para manifestar o seu amor”. Sendo assim, tentamos responder uma pergunta: Será que o mundo (os ambientes aonde você vive) tem experimentado o amor de Deus? Imagino ter chegado à mesma resposta sua. Só não sei se você chegar ao mesmo conceito que eu em relação ao porque as pessoas não conseguem ser reflexo do amor de Deus entre si. O filosofo e fundador da comunidade A Arca, Jean Vanier, escreve assim em uma de suas obras: “Enquanto estamos só podemos acreditar que amamos todo mundo. Convivendo, e isto acontece o tempo todo, compreendemos o quanto somos incapazes de amar”. E não tem como fugir, o relacionamento humano faz parte de nossa existência. Com tudo essa expressão de Jean Vanier, é claro que é real, mas ainda não é o que julgo ser totalmente o obstáculo para sermos a mais profunda expressão do amor de Deus no mundo. Repare bem nisso: “A personalidade humana é uma realidade conjunta e um conjunto de realidades”. (Pe. Inácio Larranãga). Não sei se você entendeu, mas vou tentar resumir e exemplificar. Quando estamos convivendo com alguém, não estamos convivendo com a pessoa só daquele momento. Estamos convivendo com a personalidade toda da pessoa, e a personalidade dessa pessoa foi formada através de tudo o que ela viveu durante toda a sua história pessoal.
Pois bem, será que a pessoa com quem você convive no decorrer de toda a sua história pessoal, jamais se sentiu ferida pelas circunstancias adversa da vida? Agora vamos inverter a pergunta: E você? Não tem nenhuma ferida em sua personalidade? Não vai se assustar, penso que isso vai te ajudar a entender o porquê as pessoas não experimentam o amor de Deus através do relacionamento humano: “A pessoa que tem a personalidade ferida, tem também, fortes tendências em ferir”. (Jacques Salomé – Psicólogo e doutor em relações humanas).
Que bom, agora sim, penso que esta entendido. Mas, que pobre seria esse artigo, sem que no mínimo tivéssemos uma pequena luz e assim podermos fazer algo para melhorar esse quadro. O Monge e também Psicólogo, Anselm Grun, é quem vai nos dar essa luz: “Quais são as suas feridas? Conheça-as e aceite-as, pois as suas feridas abrem você para o seu verdadeiro si-mesmo. Elas obrigam você a continuar o seu trabalho de aperfeiçoamento e crescimento. A ferida remete você a Deus, o verdadeiro médico de sua alma. Mas, só pode ser transformado por Deus o que apresentamos a ele”.
Entendeu? Não podemos esperar as pessoas ficarem perfeitas para aceita-las e sermos reflexo de Deus para elas. Antes, devemos apresentar ao Senhor as nossas próprias feridas, para que ele as cure e assim sermos condicionados a sermos expressão do seu amor no mundo.

César - Comunidade Sede Santos

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